domingo, 13 de setembro de 2009

Flavio Resende de Carvalho

Biografia


Flávio Resende de Carvalho nasceu no dia 10 de agosto de 1899 na cidade de Amparo da Barra Mansa, Rio de Janeiro, filho de Raul e Ofélia de Carvalho. Mudou-se para São Paulo com a família em 1900, começou seus estudos na Escola americana, na rua Itambé em 1908 e logo em 1911 vai para Paris como aluno interno do Lycée Janson de Sailly.Em 1914 vai para Inglaterra, mas com o começo da 1ª Grande Guerra, ficou proibido de sair do país, pois não tinha passaporte. Freqüenta aulas de pintura da King Edward the Seventh School of Fine Arts, em Newcastle, Inglaterra, em 1918, e o curso de engenharia civil na Universidade de Durham, na qual se forma em 1922. A partir de 1924 trabalhou três anos no escritório que construiria o Banco de Comercio e Industria, o Mercado Municipal, o Palácio da Justiça, entre outros.E em 1926 abre seu próprio escritório, junto ao instituto de engenharia. Em 1931, realiza o polêmico evento Experiência Nº 2, em São Paulo, em que ele caminha, com boné na cabeça, em sentido contrário ao de uma procissão católica para estudar a reação popular, e publica livro com o mesmo nome; participa do XXXVII Salão Nacional de Belas Artes, o chamado Salão Modernista. Em 1932, participa do Movimento Constitucionalista como capitão engenheiro. Entre 1932 e 1934, abre um ateliê, onde funda o Clube dos Artistas Modernos, CAM, com Antonio Gomide (1895-1967), Di Cavalcanti (1897-1976) e Carlos Prado (1908-1992). No ano de 1934 participa do I Salão Paulista de Belas Artes, com5 telas, três aquarelas, cinco desenhos e uma obra de arte aplicada, no mesmo ano fez sua 1ª exposição individual, a mostra foi fechada pela polícia e reaberta por ordem judicial, 15 dias depois.No ano de 1937 participa do I Salão de Maio com três óleos, duas aquarelas e dois desenhos, nos próximos dois anos também participou do Salão de Maio.A partir de 1939 participou Do 5º, 6º e 7º Salão do Sindicato dos Artistas Plásticos, na Galeria Prestes Maia.Em 1947, realiza os desenhos da série Minha Mãe Morrendo, na qual registra a agonia da própria mãe. Na década de 50, realiza a Expedição Civelli, na Ilha do Bananal, em Goiás; os cenários e figurinos para o bailado A Cangaceira, do Ballet do 4º Centenário e o cenário para o Bailado com Música, de Prokofiev. A partir de 1955 passa a escrever a coluna Casa, Homem e Paisagem no Diário de São Paulo. Em 1956, realiza em São Paulo o evento Experiência Nº 3, que consiste numa passeata no Viaduto do Chá, em que o artista veste saiote e blusa de mangas curtas e folgadas, conjunto denominado Traje Tropical. Em 1968, realiza o Monumento a García Lorca, destruído por um grupo armado em 1969. O monumento foi reerguido e encontra-se na Praça das Guianas, em São Paulo.No ano de 1971 recebe sala especial na XI Bienal e participa do Panorama da Arte Brasileira, no MAM.No ano seguinte participa da II Mostra Internacional de Gravura, no MAM-São Paulo.O artista Flávio de Carvalho veio a falecer em 4 de junho de 1973 e O Bailado do Deus Morto, programado para o dia 23 de junho, não chega a estrear.

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